Numa das minhas consultas ao espaço cibernético inútil deparei-me com um personagem cuja história achei bastante interessante. O seu nome é Nicky Crane.
Nicky nasceu numa família classe média-baixa nos arredores da Grande Londres. A primeira particularidade de Nicky era o seu racismo. Era um bocadinho racista. Ok, era muito racista. Ok, pode-se dizer até que nos anos Oitenta liderou o movimento Neo-Nazi no Sudeste de Inglaterra.
Nicky espancou e vandalizou pessoas diferentes de si. Da sua cor de pele. Da sua sexualidade.
....Em Junho de 1992, Nicky apareceu no programa "Out" no Channel 4 a declarar a sua homossexualidade e a sua prévia vida dupla. Aparentemente Nicky não só era homossexual como era bastante activo, tomando parte de orgias no sul de Londres e fazendo videos pornográficos caseiros gay.
Morreu com uma doença derivada da SIDA de que padecia, em 1993
A minha pergunta é: "Se a sociedade não forçasse este individuo a esconder a sua verdadeira identidade, será que ele teria sido Neo-Nazi?"
Porque parece-me evidente que existe muita gente por aí que sobrecompensa a sua virilidade para esconder segredos "pérfidos". Quem diz Nicky Crane diz Larry Craig, Senador de Idaho nos EUA.
Larry Craig foi para a comunidade gay o que McCarthy foi para os comunistas. Promoveu a sanctidade do matrimónio heterossexual e condenou os "anti-natura", liderando uma "caça às bruxas" com o intuito de purificação da sociedade.
A 28 de Agosto de 2007 Larry Craig vinha negar à televisão nacional estado-unidense a suaconduta homossexual, a qual foi admitida por ele uns dias mais tarde.
E prefiro não falar nos escândalos da Igreja Cristã.....
Portanto...será isto fruto de uma sobrecompensação ou de uma negação absurda da própria natureza, e se assim é, poderia isto ter sido evitado pelo simples aceitar por parte da sociedade?
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