quinta-feira, 27 de setembro de 2007

"....some have quit"

"...to think of it, all my heroes could not live with it and I hope they rest in peace beacuse with us they never did..."
Tomas Kalnoky

O que nos leva a admirar alguém? No meu caso, o que me leva a admirar alguém é a sua obra, a sua compreensão do mundo. A maneira de ver as coisas que nos sobrepassam. Sob este parâmetro, a arte significa para mim o que o Homem mais perto esteve de conseguir respostas. A Resposta.
Mas ao crescer com eles comecei a reparar num certo padrão.
A música sobrescrita fala de vários artistas. Hemingway. Van Gogh. Camus. Cobain.
Todos eles foram inegáveis pontífices das suas respectivas artes.

Todos eles cometeram suicídio.

Se alguém está tão perto de descobrir as perguntas cujas respostas provavelmente nunca seberemos, o que o leva a terminar a sua própria procura antes de tempo? Hemingway vivia confortavemente entre "as banalidades de uma vida normal" e mesmo assim achou que esta não era existência para ele. Que hipótese temos nós, comuns inconscientes, de encontrar um sentido, quando aqueles que realmente procuraram, desistiram?

"every single soldier wasn't fired...some have quit"
Tomas Kalnoky

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